terça-feira, 12 de agosto de 2008

Estamos todos escrevendo mais?

Isso me lembra a Beatriz Sarlo quando dizia que, ao contrário do que muitos acreditam, a grande novidade das últimas décadas, ou mesmo dos últimos cem anos, não é a imagem, mas sim a difusão da palavra escrita. E completou afirmando que a Internet no fundo é isso, uma quantidade gigantesca de texto. Bem, estejamos de acordo ou em desacordo com o que pensa a Beatriz Sarlo, não é possível negar que há toda uma nova geração fazendo uso da escrita para se comunicar. Mas, se isso faz, ou fará, com que se interessem mais pela literatura, acho que é bem difícil de medir. Porque literatura se faz com escrita, mas nem toda escrita gera, ou tem por objetivo gerar, literatura. Agora, no sentido de possibilitar uma troca, isso sim, acho que faz diferença, tanto para quem escreve (que pode “testar” o seu estilo e os seus textos nos blogs, por exemplo), quanto para quem lê (que pode ter acesso a coisas que não vão chegar, ou ainda não chegaram, na grande
Professora de literatura por vinte anos na Universidade de Buenos Aires e com passagens por universidades americanas como Colúmbia e Berkeley, Beatriz Sarlo, de 63 anos, é uma das mais argutas críticas literárias da Argentina. E é mais que isso: Beatriz faz crítica cultural, no sentido mais ambicioso da expressão. O leitor pode conferir a amplitude de seus interesses em dois livros recém-lançados no Brasil, Tempo Presente (José Olympio) e A Paixão e a Exceção (Companhia das Letras). Seus ensaios passeiam livremente da literatura à sociologia, da filosofia ao urbanismo para analisar as sucessivas crises que abalaram seu país. A crítica que em 1978 lançava a revista de oposição à ditadura militar Punto de Vista – a qual dirige até hoje – tem uma visão desencantada, mas também realista da Argentina. Beatriz , sobretudo, tratou de um tema inescapável: a crise de seu país. "Eu, e a crítica argentina diz, que a última crise econômica abalou para semprea identidade do meu país",
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